Ontem ganhei um "nós" (sim, eu falo 'nós' e não 'sou').
E descobri num cartão inocente que tenho rosto de desenho japonês e um certo ar de francês.
Ele acertou que eu gosto de Marcelo Camelo!
E 'nós' (ou 'sou') nos faz amar. Um amor imenso, um amor inédito.
Um amor doído, desses que te deixam sem ar de repente, num desespero de quem está se afogando.
Um amor choroso, que te faz encolher na cama e se enxarcar em lágrimas por acreditar que 'pode ser cruel a eternidade', que o 'vai e vem pode ser eterno'.
Um amor que te dá um nó na garganta e uma vontade de gritar quando tudo que você consegue é sussurrar:
'vem cá que tá me dando uma vontade de chorar
não faz assim, não vai pra lá'
Um amor que te preenche e ao mesmo tempo te deixa um vazio que você quase pode tocar.
Um amor que te faz lembrar que existem vários outros amores, mas que o seu pode estar fadado ao 'não dá'.
Um amor que te repousa no passado, te apavora no presente e te espera no futuro.
Um amor que você quer convencer mas não aguenta mais insistir, te tornando assim impotente feito um grão de areia.
Um amor que te dá vontade de ser um 'NÓS' quando você é apenas um 'SOU'
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Santa Chuva
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Tudo passa
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Janta
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Menina bordada
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Liberdade