terça-feira, 30 de setembro de 2008

"You must not know 'bout me..."

Ela esperou o telefone tocar durante muito tempo, e quando ela já nem queria mais, ele tocou. E aí... aí ela chorou, se olhou no espelho, tentou dormir novamente, escutou música, fumou vários cigarros e chorou mais um pouco.
Chorou porque, apesar do que já havia prometido pra si mesma, ela não conseguiu ser tão forte, chorou porque tinha tanta coisa entalada na garganta que quase não conseguia respirar, chorou porque seu "nunca mais" não durava apenas três meses, chorou porque achou aquilo tão covarde e tão corajoso ao mesmo tempo, chorou porque não amava mais, porque agora era fria, chorou porque já não fazia questão de provar suas verdades, chorou porque lembrou de tudo que ouviu, de todas as lágrimas que derramou, de toda a dificuldade que passou, porque lembrou de toda a felicidade que viveu, porque quase voltou a ouvir o som das gargalhadas, chorou porque talvez tenha se permitido sentir saudades, chorou porque, ao contrário do que diziam, não queria contar aquilo pra ninguém (é, talvez ela tenha mesmo se tornado uma pessoa mais interessante desde que se afastaram), chorou porque percebeu que tão difícil quanto abaixar a cabeça pra dizer que sente muito, é concordar com isso, chorou e chora porque não sabia e não sabe o que fazer, a não ser escrever um textinho ridículo em terceira pessoa.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Resolvi escrever...

Hoje o dia me acordou com a cara de que tinha tudo pra dar certo. Tomei logo um banho, escolhi um figurino poderoso e fui pra rua, pra ser mais exata, pra savassi. Ahhh a savassi... aquele lugar me lembra as ruas de Nova Iorque onde eu nunca estive e me traz a tona lembranças tão boas de experiências tão únicas...

O compromisso que me levara até lá foi muito bem sucedido (mas ainda é segredo e não pode aparecer nas minhas linhas, se Deus quiser, em breve), e ao sair daquele prédio, me dei conta de que em plena quarta-feira eu tinha cerca de duas horas e meia completamente livres, a satisfação foi tanta que a vontade que eu tive foi de soltar logo uma salva de palmas pro tempo livre que finalmente resolvera aparecer na minha agenda.

E as tais horas livres foram muito bem empregadas, resolvi aproveitar o clima de início de primavera no qual eu me encontrava pra encarar uma salada no Mac Donald's, que eu vou te falar, jamais substitui um Big Tasty! Fui "obrigada" a fazer compras, e adivinhem qual foi o bem de consumo escolhido?! Sim, vocês adivinharam, uma bolsa! Linda! Depois realizei mais outros dois sonhos de consumo: hidratante e colônia da Victoria Secret's. Me dei conta de que meu dia estava se tornando fútil demais, mas quer saber? Eu merecia! Depois disso andava por aquelas ruas me sentindo uma diva. Salto agulha, um óculos de sol poderoso, "o problema é que eu te amo" (e talvez seja mesmo) tocando no iPod e o vento balançando o cabelo, assim, como num ensaio fotográfico dessas revistas de moda. Passei na frente de um desses prédios de vidro onde pode-se se enxergar como num espelho e confesso que gostei do que vi. Naquele momento eu me bastava, aliás, naquele momento eu era muito até pra mim mesma.

Meu tempo livre foi passando e deu a minha hora de ir embora daquele bairro maravilhoso, ao entrar no ônibus (porque a gasolina do helicóptero de toda diva acaba de vez em quando e elas são obrigadas a pegar um ônibus) eu vi, pela primeira vez pessoalmente, a pessoa que fez parte da minha vida durante um ano sem sequer trocar uma palavra comigo (Não, ela não era um amor platônico, muito pelo contrário). Sentei logo atrás dela e era muito estranho ter na minha frente alguém sobre quem eu sabia tanto mas não podia ao menos cumprimentar (confesso que também não era o que eu desejava). E ela era realmente uma menina linda, pele branca e perfeita, cabelo jogado na cara, uniforme de escola e um pirulito na boca, mas era mesmo uma menina, e eu, eu estava gostando muito de achar que era uma mulher!

Tal episódio, ao contrário do esperado, serviu apenas para que eu me sentisse ainda mais diva, mas ao chegar no centro da cidade, Murphy se deu conta de que eu havia saído de casa e resolveu trabalhar. Começou fazendo uma subtração do meu celular (sim, ele foi roubado e meu número por enquanto é apenas o da Tim, mas o da Oi já volta), como se não bastasse, cancelou uma reunião super importante. Pronto, duas linhas de coisas ruins foram mais do que suficientes para abafar quatro parágrafos de coisas boas que já haviam acontecido no meu dia.

Fui pra faculdade de mal humor, voltei pra casa de mal humor e entrei na internet com o intuito de estudar, claro que o msn e orkut não permitiram e ainda me trouxeram notícias dessas que você não pode chamar de ruins, mas que te deixam assim... confuso, com vontade de dizer "teus sinais me confundem da cabeça aos pés". As vezes penso porque é que me presto à essas confusões, porque é que não digo: "O negócio é decifra-me ou devoro-te? Então pode me comer, mas olha, você não vai poder dormir aqui não viu? E o meu telefone? Deixa que eu pego o seu." Por que é que eu insisto em entender, em insistir, em aprofundar, sendo que eu simplesmente não preciso? Talvez seja porque a vida ainda não me deu evidências suficientes de que eu realmente não tenho necessidade.

Enfim, tentei dormir, mas com toda essa confusão que expressei no último parágrafo dentro da minha cabeça, não deu. Voltei à internet, coloquei a confusão pra fora, tô indo dormir, quase quatro da manhã (meu relógio do blogspot é retardado não sei porque diabos), com vontade de chorar e com dia indo embora com uma cara de que me passou uma lição.

"Por isso é que vivemos de samba"

Hoje aconteceu um tanto de coisa que merecia ser postada aqui, mas talvez no fim de semana.

A única coisa que quero falar agora é que a saudade tá doendo tanto, tá me fazendo chorar tanto, tá incomodando tanto...

Saudade, saudade, saudade...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"Eu sinto a falta de você..."

De repente eu me peguei sentindo falta de alguém.
Fazia tanto tempo...

Só queria poder te ligar pra dizer isso.

domingo, 21 de setembro de 2008

Super Juicer Walita

A nova moda da casa "Machado & Araújo" é o Super Juicer Walita!

Não é que eu cheguei as 6 da manhã e lá estava, de pé na cozinha, o Sr. Farley Araújo fazendo suco de manjericão?!?!?!?!
Quem conhece o povo daqui sabe que ele estar na cozinha já é um tanto quanto estranho, fazendo alguma coisa então, mega estranho, agora, fazendo suco de manjericão? Putz! Na hora só consegui pensar: "Colocaram algum alucinógeno na minha bebida!"
Resolvi só sair sem dar palpite tentando acreditar que a doida da história era eu.
Mas não, não era (pelo menos uma vez, tinha que não ser né!).
Acordei as 3 da tarde me sentindo num pomar. O cheiro de fruta estava pela casa inteira, aliás, as frutas estavam pela casa inteira. Segundo meu irmão, um porta malas lotado delas havia chegado do carrefour pela manhã e eu já havia me safado das misturas mais estranhas enquanto estava dormindo.
Resolvi voltar pra cama na vã tentativa de não me tornar mais uma vítima dos sucos estranhos tão cedo. Vã, realmente vã tentativa. E aí quando vieram me oferecer suco de abacaxi com cenoura eu bati o pé!

"O que?! Esse povo que sempre foi sedentário e calórico vai vir dar uma de saudável pra cima de mim? Ah não! Todo mundo aqui sempre tomou coca-cola todo dia, sempre almoçou pizza, lasanha congelada ou nuggets. A coisa mais saudável que eu tomo é leite (que nem é desnatado) e vocês querem agora que eu tome suco de abacaxi com cenoura???? Vai encher o saco de outro né!"

Enfim "pouco adiantou acender cigarro, falar palavrão, perder a razão" tive que engolir não só o suco de abacaxi com cenoura, mas vários e vários outros (o pior é que estavam bons, mas isso é segredo hein! A careta permaneceu durante todos os goles).

Sr. Farley e Sra. Valdete continuam na cozinha fazendo experimentos, e eu resolvi trazer a minha cachorra pro meu quarto temendo que eles fizessem um suco com ela também.

sábado, 20 de setembro de 2008

"Fala comigo como a chuva"



"Pensar no final de um amor, de uma amizade, de um sonho... Isso deixa qualquer um triste... Ver 'Fala comigo' deixa qualquer um triste..."
Tennessee Williams e seus estranhos

"Mas aí, pensar em Pollyana (lembra?) deixa a gente mais alegre: a certeza de que tudo vai dar certo no final. Uma nova chance, um novo amor, uma vida nova. Nós nos sentimos recomeçando. Do zero. Muito bom isso. Co-ra-gem. Pra colocar um ponto final e pra acreditar que agora vai ser diferente. NÃO 'VOLTAR PARA A CAMA' E SIM SAIR PELA PORTA E IR PARA ONDE 'A ANSIEDADE DESAPARECERÁ'.
Nós não queremos só falar, queremos muito mesmo é fazer. É isso que a gente quer e espera da vida, é isso que a gente busca na arte."
Cynthia Paulino e Paolo Mandatti



O enredo é idêntico ao do meu último relacionamento e a protagonista encena uma personalidade desconsertantemente parecida com a minha. (Preciso parar com essa mania de me identificar com tudo quanto há!)
Não vou falar que é a melhor peça ever porque não tenho ido tanto ao teatro (como gostaria) a ponto de poder falar assim, mas me fez chorar, portanto, é bom!

domingo, 14 de setembro de 2008

Meu blógue renasceu...



Pois é, a idéia surgiu a cinco minutos atrás. Agora ele tem outro formato pra acompanhar o andamento da minha vida.

Não sou lá muito técnológica e confesso que me sinto um tanto quanto rídicula por realizar o parto deste blógue, mas por enquanto, está suprindo bem as minhas necessidades psicológicas. Talvez eu não consiga levar isso adiante, como muitas das coisas que inicio na minha vida. Ou talvez algum dia eu não precise mais de um blógue para suprir as minhas necessidades psicológicas.