quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A Troca


"O diretor francês François Truffaut dizia que todos os espectadores de cinema têm duas profissões: a própria e a de crítico cinematográfico."

O último filme estrelado por Angelina Jolie (aplausos!) e dirigido por Clint Eastwood fez jus ao substantivo usado para apelidar o cinema, "arte". Nas mais de duas horas e meia de duração, entre o rosto da maravilhosa protagonista que deixa a fotografia perfeita e o enredo que encanta e revolta ao mesmo tempo, é possível fazer uma viagem que vai do riso às lágrimas.

Na história baseda em fatos reais Christine Collins (Angelina Jolie), é mãe de Walter Collins (Gattlin Griffth), garoto sequestrado numa tarde de 1928 em Los Angeles. Como se não bastasse o transtorno de ter um filho desaparecido, ela recebe das mãos da polícia local uma criança que não é sua, a partir de então desenrolam-se as mais variadas situações e problemas que discutem de forma intrigante assuntos como feminismo, luta antimanicomial, corrupção, violência, pena de morte, sensacionalismo na imprensa e até religião.

No longa Clint Eastwood pareceu deixar um pouco de lado sua forma rigorosa de dirigir e se rendeu ao talento de Angelina Jolie para interpretar mulheres fortes, como fez maravilhosamente bem também em "A Mighty Heart" (2007), e em "Interrupted Girl" (1999) que lhe rendeu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante. E falando em Oscar, Angelina também trouxe para "The Changeling" uma indicação para melhor atriz. Tudo bem que essa mulher merece todos os Oscars do mundo só por existir, mas enfim, como nós mortais, não fazemos parte da banca examinadora, resta torcer para que o sensacional trabalho da atriz seja devidamente reconhecido.

O roteirista J. Michael Straczynski, apesar de não muito aclamado no 'mundo Hollywood', também merece os créditos, foi um verdadeiro artista ao bolar um roteiro tão instigante que quase não nos permite piscar, coisa rara quando não se trata de um filme de ação. Ele também traz nas cenas finais, situações que, na minha opinião, mereciam mais uma indicação, a de melhor roteiro original.
No final das contas, "A Troca" tem uma mistura perfeita entre realidade e ficção, reflexão e entretenimento, beleza e crueldade, Angelina Jolie e Clint Eastwood.



segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Sobre ser um ou ser dois

Quando se presta a aprender o ofício de amar, o de conviver e o de amar a convivência, presta-se automaticamente a desaprender inúmeros outros ofícios que dizem respeito a ser só. Afinal, não há espaço suficiente na cabeça ou no coração de um só indivíduo, onde possam ser guardados todos os segredos, tanto os da companhia quanto os da solidão.
Entretanto, se entregar à não-solidão pode ser tão difícil quanto ser só. É preciso ter coragem para enfrentar um eventual desamor "que ataca de repente, não respeita cor, credo ou classe social, derruba o murro e invade o quintal" acabando com todas as expectativas. E caso essa coragem não exista, parabéns aos solitários, que são definitivamente os únicos que não terão nenhum de seus planos frustrados pelas pessoas que amam, e poderão planejar; sair sozinho, viajar sozinho, morar sozinho, se casar sozinho, ter filhos e criá-los sozinho, comprar presentes pra si mesmo no natal e receber feliz aniversário através de cartões eletrônicos enviados pelas empresas com as quais gasta dinheiro. E no final das contas hão de se vangloriar por terem realizado 'tudo' sem frustrações e sem lágrimas, mas também sem riso, porque não há porque rir... sozinho.

Sobre ser ou não ser

Eu tenho anadado com uma preguiça imensa do pouco, do vazio, do sem rumo.
Uma falta de paciência com essa gente que tem como maior preocupação na vida, escolher o bar onde vai encher a cara no próximo final de semana; com essa gente que bebe, fuma, transa e se droga com o dinheiro do pai, no carro do pai, na casa do pai, e se dá por satisfeito dessa maneira. Não tenho conseguido achar graça nessas pessoas que só se importam com a viagem do dia seguinte, a onda da semana seguinte, e do mês seguinte, nada se sabe.
As vezes sou acometida por uma vontade de dar um tapa na cara e dizer:

"Ei! Se você não aproveitou bem os seus 13 anos, sinto muito, venho lhe informar que eles já passaram e agora você tem por obrigação fazer algo, e por mais que o máximo que você consiga fazer seja sonhar, ao menos sonhe. Pare de se deixar levar pelas horas, elas estão passando e uma a uma, instalando a mediocridade no resto dos seus dias. Queira, esse é o primeiro passo para ser, e ele é muito simples.
Ou não queira, continue dormindo e acordando sem que nada aconteça, diminua os seus objetivos até que eles não existam mais, transforme-se, no máximo, num intelectualóide que discute filosofia e literatura mas que nunca realiza nada com as próprias mãos, e quando a sua mente e a sua vida estiverem vazias o bastante, lembre-se e sinta falta de tudo o que você não fez."

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Esse é o blog do produtor que vai me lançar no mercado internacional da música cantando Jhonny Cash e vestindo roupas de Fernanda Takai. Visitem!

www.s0al.blogspot.com

Um beijos fael!