sábado, 18 de outubro de 2008

"Tanto clichê deve não ser"

As vezes têm sido um saco viver a vidinha de uma personagem de Sex and the City. Não que eu não goste do seriado. Amo! Mas sabe aquela coisa bem novelinha?!


Você passa horas na frente do computador fumando e escrevendo, e esperando o amor da vez te gritar da janela, você vai pras melhores baladas, com os melhores amigos, você tem amigos gays que escutam todos os seus constantes reclames amorosos, você conhece caras muito interessantes que sempre têm algum defeito muito maior do que a qualidade, e se você não gosta do cara, você é a mulher perfeita pra ele, já se você gosta, automaticamente se torna um segundo plano, você tem um grande amor que é o tipo certo de cara errado que te troca por uma colegial linda e burra, e quando você finalmente encontra um outro cara que, apesar de todos os defeitos, você talvez consiga gostar, seu 'big' já está de volta na sua porta feito um cachorro sem dono, porque talvez a colegial não tivesse correspondido a todas as expectativas, e aí você não sabe o que fazer e acaba fazendo o que não deve, e quando se dá conta já está na cama rindo ao dele depois de uma transa sensacional. Mas como em toda novela, o casal protagonista só fica junto no último capítulo, e o seu cara errado consegue ser a melhor e a pior pessoa do mundo num intervalo curtíssimo de tempo. E aí, é lógico, vocês brigam, você sai de casa com um amigo gay, conhece gente nova, afoga as mágoas em algum tipo de bebida acoolica mas o dia seguinte insiste em nascer, e então ele fica cinza, começa a chover, parece que o universo está conspirando por aquela aura melancólica, como nas comédias românticas mais baratas. Aí você chora, dorme, espera o telefone tocar, ele não toca, você chora e dorme de novo, aí ele toca, você não atende, chora por não ter atendido, dorme de novo, ele toca de novo, você atende, conversa, grita, sussurra, chora mais, pensa, pensa, pensa, não sabe o que fazer e resolve seguir o roteiro da novela, porque afinal de contas você precisa de ibope, precisa nutrir em seus espectadores ou até em você mesma a esperança de um final feliz.

Mas as vezes, muitas vezes, quase todas as vezes, tudo o que você quer é que esse último capítulo chegue logo, com um final feliz ou não. E que talvez o carro da vilã se exploda, ou caia barranco abaixo.






"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."

3 comentários:

Rafael Soal disse...

Posso comentar esse também!!!

Adoro Sex And The City!!!
Um mundo de sonhos dentro do mundo real...

Onde cada episódio termina de um jeito apoteótico, e querendo ou não você fica emocionado!!!

1 - Por que nossos dias não terminam assim???
2 - Será que toda mulher é interessante como aquelas quatro???
3 - Será que um dia vou ser o Big (de black power) de alguma garota???
4 - Será que o sexo é tão fácil daquele jeito???

Acabou o episódio... e meu dia vai terminar assim... desligando a TV e indo pra cama!!!

Rafael Soal disse...

Desculpe a intromissão viu Bela???

Anônimo disse...

Você é emo.