quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Resolvi escrever...

Hoje o dia me acordou com a cara de que tinha tudo pra dar certo. Tomei logo um banho, escolhi um figurino poderoso e fui pra rua, pra ser mais exata, pra savassi. Ahhh a savassi... aquele lugar me lembra as ruas de Nova Iorque onde eu nunca estive e me traz a tona lembranças tão boas de experiências tão únicas...

O compromisso que me levara até lá foi muito bem sucedido (mas ainda é segredo e não pode aparecer nas minhas linhas, se Deus quiser, em breve), e ao sair daquele prédio, me dei conta de que em plena quarta-feira eu tinha cerca de duas horas e meia completamente livres, a satisfação foi tanta que a vontade que eu tive foi de soltar logo uma salva de palmas pro tempo livre que finalmente resolvera aparecer na minha agenda.

E as tais horas livres foram muito bem empregadas, resolvi aproveitar o clima de início de primavera no qual eu me encontrava pra encarar uma salada no Mac Donald's, que eu vou te falar, jamais substitui um Big Tasty! Fui "obrigada" a fazer compras, e adivinhem qual foi o bem de consumo escolhido?! Sim, vocês adivinharam, uma bolsa! Linda! Depois realizei mais outros dois sonhos de consumo: hidratante e colônia da Victoria Secret's. Me dei conta de que meu dia estava se tornando fútil demais, mas quer saber? Eu merecia! Depois disso andava por aquelas ruas me sentindo uma diva. Salto agulha, um óculos de sol poderoso, "o problema é que eu te amo" (e talvez seja mesmo) tocando no iPod e o vento balançando o cabelo, assim, como num ensaio fotográfico dessas revistas de moda. Passei na frente de um desses prédios de vidro onde pode-se se enxergar como num espelho e confesso que gostei do que vi. Naquele momento eu me bastava, aliás, naquele momento eu era muito até pra mim mesma.

Meu tempo livre foi passando e deu a minha hora de ir embora daquele bairro maravilhoso, ao entrar no ônibus (porque a gasolina do helicóptero de toda diva acaba de vez em quando e elas são obrigadas a pegar um ônibus) eu vi, pela primeira vez pessoalmente, a pessoa que fez parte da minha vida durante um ano sem sequer trocar uma palavra comigo (Não, ela não era um amor platônico, muito pelo contrário). Sentei logo atrás dela e era muito estranho ter na minha frente alguém sobre quem eu sabia tanto mas não podia ao menos cumprimentar (confesso que também não era o que eu desejava). E ela era realmente uma menina linda, pele branca e perfeita, cabelo jogado na cara, uniforme de escola e um pirulito na boca, mas era mesmo uma menina, e eu, eu estava gostando muito de achar que era uma mulher!

Tal episódio, ao contrário do esperado, serviu apenas para que eu me sentisse ainda mais diva, mas ao chegar no centro da cidade, Murphy se deu conta de que eu havia saído de casa e resolveu trabalhar. Começou fazendo uma subtração do meu celular (sim, ele foi roubado e meu número por enquanto é apenas o da Tim, mas o da Oi já volta), como se não bastasse, cancelou uma reunião super importante. Pronto, duas linhas de coisas ruins foram mais do que suficientes para abafar quatro parágrafos de coisas boas que já haviam acontecido no meu dia.

Fui pra faculdade de mal humor, voltei pra casa de mal humor e entrei na internet com o intuito de estudar, claro que o msn e orkut não permitiram e ainda me trouxeram notícias dessas que você não pode chamar de ruins, mas que te deixam assim... confuso, com vontade de dizer "teus sinais me confundem da cabeça aos pés". As vezes penso porque é que me presto à essas confusões, porque é que não digo: "O negócio é decifra-me ou devoro-te? Então pode me comer, mas olha, você não vai poder dormir aqui não viu? E o meu telefone? Deixa que eu pego o seu." Por que é que eu insisto em entender, em insistir, em aprofundar, sendo que eu simplesmente não preciso? Talvez seja porque a vida ainda não me deu evidências suficientes de que eu realmente não tenho necessidade.

Enfim, tentei dormir, mas com toda essa confusão que expressei no último parágrafo dentro da minha cabeça, não deu. Voltei à internet, coloquei a confusão pra fora, tô indo dormir, quase quatro da manhã (meu relógio do blogspot é retardado não sei porque diabos), com vontade de chorar e com dia indo embora com uma cara de que me passou uma lição.

Um comentário:

Anônimo disse...

Será que você tá com muita saudade de mim?